Falando entre vós em salmos, e hinos, e cânticos espirituais; cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração;Efésios 5:19
Alguns dizem: “Os hinos agitados são necessarios para trazer alegria. Ora, somente aquele que sentiu seu pecado, clamou por misericórdia e recebeu o perdão tem alegria. Somente aquele que se angustia como Isaías, pode ter alegria: “Ai de mim que estou perecendo, porque eu sou um homem de lábios impuros e habito no meio de um povo de impuros lábios; e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos” (Is 6:5). Outros dizem: “A letra dos cânticos não interessa, o que importa é a intenção”.
A verdade é que muitos querem um culto para se soltar e não para aprender as verdades Escriturísticas. Querem um agito e não reflexão. Observa-se que ao cantarem esses corinhos tremelicosos e catárticos, a congregação faz cara de quem sente dor renal, apertam os olhos com ar sofrido, e se requebra. Se o louvor satisfaz a necessidade de balanço é um louvor medíocre. A adoração em espírito e em verdade é a consciência do Sagrado e o quebrantamento diante do Senhor. O que conta na adoração é a contrição e não a recreação. A verdadeira adoração nos leva a uma séria reflexão sobre os atributos e atos de Deus, e Ele deve ser exaltado na fala de adoração. Ninguém pode ser um palhaço e um adorador. O mais grave disso tudo é que os “ministros” de louvor se preocupam em manter a congregação eufórica e satisfeita consigo mesma, ora através de seus berros, ora através de sua voz embargada. Ninguém merece esse tipo de “ministração”! Os compositores, cantores, e “ministros” desses corinhos invertebrados se colocarão um dia sob o juízo do Altíssimo por sabotarem e desvirtuarem algo tão sagrado como a adoração e por pensarem que Deus é um bobalhão. O verdadeiro louvor produz o grito de Isaías: “Ai de mim”.
O ministério da saúde tem se mostrado preocupado com os jovens brasileiros no que diz respeito à alimentação. O consumo de hambúrguer, cachorro quente, batata frita e refrigerante tem sido assustador pelos jovens. Isso acarreta uma série de doenças. Há igrejas vivendo de hambúrguer, cachorro quente, batata frita e refrigerante, ou seja, vivem de louvorzões movidos a corinhos invertebrados, por isso estão na UTI. Corinhos sem pé nem cabeça treinam as pessoas a adorarem apenas com a metade de sua mente e a metade de sua sinceridade e seriedade, pois tendo a consistência de chiclete produz sensação agradável, mas não dá profundidade. Nesse contexto, as pessoas passam a obter prazer na música e não nas palavras.
Hinos e cânticos em nossas igrejas precisam de doutrina correta para edificar. Necessitamos de uma hinologia bíblica e teologicamente correta. Queremos cânticos ricos na sã doutrina, em conformidade com a fé que uma vez foi dada aos santos (Jd 3). Socorro! Chega de corinhos invertebrados. Abaixo os corinhos sem pé nem cabeça!