9 de novembro de 2015

CONFERÊNCIA 72 HORAS: ADORA$$ÃO




Há 20 anos o povo de Deus rapidamente discernia e rejeitava tudo que era anti-bíblico. As aberrações eram rapidamente identificadas e expurgadas do meio da santa congregação. Hoje, perdeu-se o discernimento. A igreja hodierna foi enlaçada pelo fermento venenoso do diabo. Satanás conseguiu vestir muitas igrejas evangélicas com uma roupagem “gospel” robustecendo o ego de cantores e bandas que amam aplausos. Ou seja, o deus-negócio, o deus-glorificação própria, o deus-mercado, o deus-espelho continua em alta no meio evangélico.

A igreja evangélica brasileira, salvo raras exceções, deteriora-se dia após dia e fede na sua própria putrefação. Pastores não confiando no modelo bíblico de crescimento da igreja, que é a oração, a vida santa, o bom testemunho e a pregação ousada do verdadeiro Evangelho de Cristo se desencaminham adotando e endossando todo tipo de “louvor” e “adoração” ao Santíssimo Deus. Músicas com letra ecumênica e erros escatológicos são bem aceitas. Para esses pastores o importante é crescer a qualquer custo. Nesse contexto, a igreja enche-se de bodes que gostam de diversão e muito circo. A grande bandeira do império gospel não é adoração. É diversão, comércio e circo.

A famigerada “Conferência 72 Horas” está em pauta. Um dos preletores dessa Conferência é o pastor Jasiel Botelho. Homem que faz chacota com as personagens bíblicas, pois defende que “Deus é humor”. Ademais, ele faz parte da SEPAL, entidade que fez aliança com a igreja americana Willow Creek do pastor apóstata Bill Hybels. Jasiel Botelho faz parte também da entidade “Teologia de Missão Integral” que é uma variante protestante da teologia da libertação. Outro preletor é o pastor Pedro do Borel. Homem ligado fortemente à igreja apóstata – Igreja Batista da Lagoinha de André Valadão e Ana Paula Valadão. Perguntaram-lhe como o funk se relaciona com o seu ministério. Pedro do Borel respondeu: “Sou eclético, gosto de todos os ritmos: funk, pagode, samba, rock; o funk do Borel é uma batida que todo mundo na comunidade conhece”. O cantor Leonardo Gonçalves é membro da seita Adventista do 7º dia que tem como doutrinas fundamentais: a guarda do sábado e o exclusivismo, ou seja, a seita acha que todas as demais igrejas são babilônias. O seu novo CD “Princípio e Fim” na música 4 - “Novo”, tem erros escatológicos.

A pasteurização consiste no aquecimento do alimento a uma temperatura elevada, por determinado tempo, e depois resfriado a uma temperatura inferior a de antes. A adoração promovida pelos cantores e suas bandas, em estádios e centro de eventos, é pasteurizada. Ou seja, eles aquecem o povão com as manipulações do tipo: “Aplausos para Jesus”; “Diga glória a Deus”; “Diga ao seu vizinho, você é vencedor”; “Coloque a mão no ombro do seu irmão e declare uma bênção para ele”. Esses chavões produzem tremeliques, assobios, gritos, pula-pula, rodopios, sapateado e dança do ventre num ambiente barulhento com canhões de luzes coloridas flasheando em todas as direções. Após tudo isso, o povão volta à temperatura espiritual zero, à frieza espiritual, pois adoração avacalhada não produz espiritualidade verdadeira.

Na falta de outro nome, os cantores chamam as suas profanações de adoração. Mas, é uma baderna irresponsável. É uma irreverência manipulada que gera uma espiritualidade mongoloide. Lamentavelmente, o império gospel vendem maldosamente seus CDs para um curral de bodes manipulados. Os cantores e bandas enfiam na goela dos bodes qualquer música com qualquer letra desde que fale de Jesus. Vale tudo: funk, pagode, samba e rock, conforme o pastor Pedro do Borel convidado para a “Conferência 72 horas”.

Os defensores das “72 Horas de Adora$$ão” chamam os apologistas da verdadeira adoração de radicais, ultrapassados, bitolados, quadrados, xiitas evangélicos. E, alardeiam: “Não toqueis nos ungidos do Senhor”. É preciso entender que “não tocar nos ungidos do Senhor” não significa não questionar. Principalmente se tal unção é questionável, pois é notória as atitudes mercantilistas desses cantores e bandas. Algumas bandas chegaram às raias do ridículo mercantilista produzindo CDs com o título: “As mais ungidas”. Quanta blasfêmia!  Na verdade, esses réprobos são vendedores do cálice de Satanás, pois o que eles chamam de “as mais ungidas” são as que lhes trazem mais lucro. 

Diante de todo esse lixo vomitado por esses cantores e bandas, onde estão os seguidores de Jesus? Onde estão seus discípulos? Onde estão os Jeremias? Onde estão os Miquéias? Cadê o João Batista do século 21? Onde estão os imitadores de Lutero, Calvino, Zwinglio? Cadê os imitadores de John Knox, George Whitefield, John Wesley? Onde se encontram os imitadores de Charles Spurgeon, John Stott? Cadê os protestantes do século 21?

Enfim, os que levam a sério a seriedade do Evangelho dizem “não” às profanações e às imundícies de Satanás produzidas pelo ministério da pilantragem dos cantores e bandas. Levantemo-nos contra a decadência da adoração! O pão da vida não pode se servido nas imundícies de Satanás! “Afasta de mim o estrépito dos teus cânticos, porque não ouvirei as melodias dos teus instrumentos” (Amós 5:23).

É o que tenho a dizer

Ir. Marcos Pinheiro