5 de dezembro de 2014

DEUS ADORNA A NAÇÃO DE ISRAEL

Os modernistas - liberais usam Ez 16: 11 e 12 para justificar o uso de jóias: “também te adornei com enfeites, e te pus braceletes nas mãos e colar à roda do teu pescoço. Coloquei-te um pendente no nariz, arrecadas nas orelhas, e linda coroa na cabeça”. Nesta passagem o próprio Deus adornou a nação de Israel, nação comparada com uma mulher, com braceletes nas mãos, colar no pescoço e pendentes no nariz. Portanto, dizem os modernistas - liberais: “o uso de jóias é biblicamente correto”.

Ora, é preciso entender que esta passagem trata-se de uma linguagem simbólica. É uma metáfora que simboliza a proteção e a celebração de um contrato de núpcias entre Deus e Israel. Assim sendo, Deus, alegoricamente, cumpre o ritual de casamento colocando enfeites em Israel. Ezequiel registra essa alegoria não para endossar o uso de jóias, mas para compreendermos uma grande verdade espiritual: Deus nos escolheu e recebemos dEle bênçãos e dádivas. Ele nos embelezou e nos reivindicou para Si mesmo. Sob seus cuidados cresceremos até a plena maturidade! Portanto, as narrativas dos costumes dos tempos bíblicos têm implicações espirituais. No versículo 8 do mesmo capítulo diz: “passando eu por junto de ti, vi-te, e eis que o teu tempo era tempo de amores; estendi sobre ti as abas no meu manto, e cobri a tua nudez; dei-te juramento, e entrei em aliança contigo, diz o Senhor Deus; e passaste a ser minha”

Observe: “... estendi sobre ti as abas do meu manto...” “as abas” é símbolo de aceitar em casamento. O ato de estender as abas simboliza proteção, cuidado e apoio. O mesmo acontece quando Rute diz a Boaz “estende a tua aba sobre a tua serva” (Rt 3:9). Com esse gesto, Rute estava pedindo que Boaz a tomasse para ser sua esposa. Assim sendo, a passagem de Ezequiel trata-se de uma metáfora sugerindo casamento. Em Ezequiel, Deus casa-se com Israel e utiliza-se do costume do cerimonial de casamento da época onde a noiva se adornava no dia do casamento. Isto é confirmado em Isaías 61: 10 “Regozijar-me-ei muito no Senhor, a minha alma se alegra no meu Deus; porque me cobriu de vestes de salvação, e me envolveu com o manto de justiça, como noivo que se adorna de turbante, como noiva que se enfeita com as suas jóias”. Não há dúvidas que as mulheres da época se ataviavam com jóias como cumprimento do ritual de casamento. Deus compara a sua aliança com Israel ao cerimonial de casamento da época. Tudo é comparativo e simbólico. Mas, infelizmente os liberais usam Ezequiel 16:11 e 12 para justificar o injustificável.

Na passagem de Isaías 61:10, os modernistas enfatizam: “Estão vendo? As mulheres israelitas se ataviavam no dia do casamento – “como noiva que se enfeita com suas jóias”. Esta é mais uma maquinação vaidosa e concupiscente. A mulher israelita não comprava as jóias para se ataviar no dia do seu casamento. As jóias eram conduzidas pelo noivo. Cabia-lhe a responsabilidade de levar as jóias na cerimônia do casamento e colocá-las sobre a noiva numa demonstração pública de seu compromisso marital.

Isso se conclui, por inferência, quando se lê EZ 16:11 que retrata Jerusalém como uma esposa e Deus como seu marido. Aliás, o relacionamento Entre Deus e Israel é freqüentemente comparado a um contrato matrimonial.

O Senhor aparece, nas Sagradas Escrituras, como o Noivo e o Esposo (Jo 3:29), e a Igreja, como a Noiva e a Esposa (AP. 21:9), a qual se prepara com atavios espirituais de santificação (Ef 5:23-27), para o grande dia das Bodas do Cordeiro (Ap 19:7-9).
Estamos vivendo a época em que muitos não suportam a sã doutrina, mas desejam ter seus ouvidos coçados. A pregação da sã doutrina confronta e repreende o pecado; e as pessoas apegadas ao estilo de vida pecaminosa não suportam esse tipo de mensagem. Querem satisfazer a coceira de seus ouvidos. Não estão dispostas a tolerar a verdade, por isso, elas se satisfazem com as mensagens “cotonetes”, ou seja, ofereça às pessoas o que elas querem ouvir.

Infelizmente alguns vivem pelo que sentem e moldam suas crenças segundo suas preferências pessoais. Outros pensam que as Escrituras são escritos improvisados que eles podem modificar ou interpretar da maneira que desejarem. De qualquer modo, a vida e crença deles são comandadas pelas suas preferências pessoais. As crenças deles não são diferentes daqueles dos seguidores da Nova Era que acreditam que a verdade é encontrada dentro deles mesmos.

Nossa fé está firmada na convicção de que Deus falou e a sua Palavra é a verdade objetiva. O que Ele nos deu é absoluto e inabalável. É loucura pensar que a verdade dada por revelação divina precisa de qualquer refino ou atualização.