5 de junho de 2016

A INTERPRETAÇÃO CORRETA DE I Pedro 3: 3-4

A maldita frase “é proibido proibir” deu origem a uma grande heresia ao texto I Pedro 3:3-4 em que o apóstolo diz: “O vosso enfeite não seja o exterior, como o frisado de cabelos, o uso de jóias de ouro, ou o luxo dos vestidos, mas a beleza interior, no incorruptível traje de um espírito manso e tranqüilo, que é precioso diante de Deus”. Segundo os hereges, Pedro não reprova o uso de jóias, na realidade, Pedro está enfatizando que o uso de jóias não seja prioridade na vida das mulheres, mas a prioridade seja a beleza interior, um espírito manso e tranqüilo, que é precioso diante de Deus conforme o versículo 4”.


Observe que Pedro, se expressa exemplificando o que é reprovável: o uso de jóias, o luxo dos vestidos e o frisado de cabelos. Então, não há dúvida que o uso de jóias é condenável. Vale salientar também que temos duas orações, a primeira: “o vosso enfeite não seja o exterior, como frisado de cabelos, o uso de jóias de ouro, ou o luxo dos vestidos” e a segunda: “mas, a beleza interior, no incorruptível traje de um espírito manso e tranqüilo que é precioso para Deus”. A segunda oração é uma oração adversativa devido a conjunção “mas”. A segunda oração se liga à primeira oração pela conjunção “mas”, completando-a sem modificar o seu sentido. A conjunção “mas” liga as duas orações, porém, elas permanecem entre si independentes, embora contrastantes. Assim, não faz sentido dizer que Pedro está enfatizando que prioritariamente a serva de Deus deve se preocupar com os adornos espirituais não abandonando os adornos materiais. Não existe prioridade nenhuma nessas duas orações, ou seja, a primeira oração não tem prioridade sobre a segunda oração e nem a segunda oração exerce prioridade sobre a primeira.

Ora, se essa interpretação dos hereges é correta, então Paulo também não reprova a embriaguez por parte dos crentes. Os crentes podem se embriagar contanto que isso não seja prioridade – “E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito” (Efésios 5:18). Assim, vinculando I Pedro 3:3-4 a Efésios 5:18, tiramos a conclusão que a prioridade para o crente deve ser “está cheio do Espírito”, ou seja, a prioridade é a segunda parte do versículo, ou seja, a segunda oração. Isto é: prioritariamente o crente deve ser cheio do Espírito e então, pode se embriagar com vinho que é a primeira parte do versículo, ou seja, a primeira oração.


Não podemos fazer malabarismo com a palavra de Deus “Não” não é “Sim”, “Não” é “Não”. Não se embriagar com vinho é não se embriagar com vinho. Pedro especifica o que é “não seja o exterior” Ele diz: “o frisado de cabelos, o uso de jóias de ouro, o luxo dos vestidos”. Portanto, o apóstolo Pedro está reprovando, invalidando, o uso de jóias através da negativa “Não”. Do mesmo modo, Paulo reprova a embriagueis com vinho através da negativa “Não”. Escrevendo ao jovem pastor Timóteo, Paulo usa a mesma negativa “Não” enfatizando que as mulheres evitem o uso de jóias e que se ataviem com as boas obras: “Que do mesmo modo as mulheres se ataviem em traje honesto, com pudor e modéstia, não com tranças, ou com ouro, ou pérolas, ou vestido preciosos, mas (como convém a mulheres que fazem profissão de servir a Deus) com boas obras”
Os modernistas dizem: “os apóstolos Pedro e Paulo estão ensinando o equilíbrio, não estão reprovando o uso de jóias, portanto, devemos pregar o equilíbrio”. Essa justificativa não condiz com a verdade bíblica, pois não se pode assumir uma posição de equilíbrio diante de uma negativa.


O uso de brincos e piercings têm origens na feitiçaria e falsas religiões. Veja o testemunho de um crente: “Como ex-hindú eu sei que a prática dos piercings vem do hinduísmo e da feitiçaria. Os hindus furam as suas línguas com pequenas agulhas e perfuram todo o corpo com anzóis, entrando em transe. Eu testemunhei isso pessoalmente. Louvo a Deus que convenci alguns sobre as malignas tatuagens”. Em uma entrevista sobre piercing, feita com Anton La Vey, fundador da “igreja de satanás” dos Estados Unidos, o entrevistado afirma: “O piercing é proibido pela Bíblia no livro de Levítico, e grande parte do mundo é regida pelas crenças religiosas bíblicas, até mesmo a própria África; por isso pretendo encorajá-la a qualquer atitude que constitua uma sublevação contra o cristianismo”.


Observe o que Paulo diz em Efésios 5:11 “E não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas, mas, antes, condenai-as”. Pastores e igrejas que são coniventes com este assunto, esperando alcançar mais jovens e não ofendê-los, estão na verdade lutando contra Deus e semeando uma apostasia sem retorno.