Havia na época de Paulo, um consenso universal acerca do que a natureza ensina quanto aos cabelos de homens e mulheres. Assim, competia e compete ao cristianismo respeitar a natureza, e não desconsiderá-la. Nos dias de Paulo, as prostitutas se davam a conhecer usando cabelos curtos. Elas faziam o que era contrário à natureza a fim de atrair os homens a afagos que também são contrários à natureza, e o apóstolo dos gentios não desejava que as mulheres crentes imitassem as prostitutas.
Por outro lado, os cabelos longos de uma mulher simbolizam a sua posição de subordinação ao homem, bem como a sua posição na hierarquia divina de poderes, sinal de poderio, por causa dos anjos.
Assim sendo, constitui-se um ato de rebeldia e insubmissão uma mulher desfazer-se de seu véu natural, isto é, cortar os seus cabelos. A mesma orientação é extensiva aos homens. Assim como a natureza ensina as mulheres a manterem os cabelos longos, aos homens a natureza ensina a usarem seus cabelos curtos como sinal de autoridade.
Algumas vezes o uso do cabelo comprido pelos homens estava associado a homossexualidade, e também era comum a cabeleira em filósofos e bárbaros.
Porém, os homens hebreus usualmente andavam bem penteados e cortavam o cabelo quase como cortam hoje os ocidentais.
Então, qual deve ser o comprimento? O termo grego – “phusis” é traduzido como "a própria natureza", ou seja, a natureza se encarrega disto de acordo com o biótipo de cada pessoa. Assim, este princípio é determinado pela própria natureza e não pela intervenção humana, isto é, cabelos longos para as mulheres como sinal de submissão e cabelos curtos para os homens como sinal de autoridade.