22 de fevereiro de 2017

PASTORES FORMIDÁVEIS

As pessoas hoje estão ouvindo um evangelho modificado, enfraquecido. Líderes estão fazendo a fusão de Cristo e o mundo, é o evangelho flex: Deus e o mundanismo, coligados. Portanto, o rebanho é conduzido a um estilo de vida medíocre. Para muitas “ovelhas” esses líderes são “pastores formidáveis”, pois promovem teatros, showbusiness, coreografias e divertimento como uma alternativa para o desafio direto da proclamação da Palavra de Deus. Na visão dos “pastores formidáveis”, o público do século 21 quer grupo de rock, conveniência e informalidade. Portanto, é preciso condescender com os desejos da carne dos profanos para dar-lhes exatamente aquilo que eles gostam: hip-hop “cristão” e letras rap unidos à doutrina da graça.

Os “pastores formidáveis” não hesitam em passar por cima da consciência cristã, aconselhando seus seguidores a tornarem-se amigos do mundo. A mocidade é incentivada a sentir, sobre o corpo, o mesmo impacto da música rítmica que experimentaria num show mundano de música pop, inclusive, com o mesmo jogo de iluminação e atmosfera libidinosa. Nesse contexto, Deus está cheio de sorrisos e sempre pronto para dar a vitória e abençoar, independente de como se vive. “Arrependimento” não se fala mais, é algo descartado. Esquecem esses “formidáveis pastores” que o Evangelho ensina consagração, reverência, obediência e separação do mundo.

Os métodos de evangelização usados pelos “pastores formidáveis” para atrair multidões tais como teatros e filmes são madeira, feno e palha. Teatros, dramas e filmes proporcionam um arrependimento “diet”, uma profissão de fé rasa e ilusória. Na realidade, o teatro, o drama e os filmes são formas sutis de manipulação emocional através das múltiplas personagens e não um apelo verdadeiro à mente (Rm 12:1). O teatro distorce a verdade do Evangelho obscurecendo a mensagem central, pois conduz desde o princípio as pessoas ao terreno da irrealidade. O teatro usado como evangelização é a metodologia diet do tipo “pega leve”, “evite a ofensa da cruz”, “agrade a todos”. Toda a evangelização do Novo Testamento foi através da pregação da Palavra. O mundo da época era repleto de arte dramática, folclore e simbolismo cultural, mas os mensageiros da cruz foram indiferentes a tudo isso. A igreja primitiva através da proclamação da Palavra por meio de palavras virou o mundo de cabeça para baixo. Em Romanos 10:14 não está escrito: “Como ouvirão se não há um ator? uma coreografia? um jogral? A comunicação do evangelho deve ser com palavras dirigidas à mente, nunca através de comédias, dramas ou cenas teatrais.

No drama, a solidariedade fica acima do entendimento espiritual. Somente a pregação direta sem truques teatrais persuade a mente livre do pecador. O drama, o filme, o teatro leva o espectador a um transe emocional por algo que se move a nível carnal resultando numa adesão, e não numa conversão.

Em época de eleição, os “pastores formidáveis” cedem o seu “formidável púlpito” aos candidatos em troca de benesses. Esses líderes estão fazendo a igreja perder a visão para a qual foi chamada. A igreja foi chamada para proclamar o arrependimento, a santidade e o escândalo da cruz, nunca para fazer propaganda de candidatos à política. Aliás, os crentes da igreja primitiva sem nenhum vínculo com a política da época, contagiaram os de fora somente exalando o perfume de Cristo, e anunciando todo o Conselho do Senhor. Precisamos imitá-los!

Muitos desses “pastores formidáveis” para engordar ainda mais sua conta bancária candidatam-se a cargos políticos alegando que a igreja precisa de representantes evangélicos no poder público. A igreja nunca precisou e nunca vai precisar de representantes no Congresso para realizar sua função. Querer atribuir a função da igreja a um parlamentar crente é desconhecer a missão da igreja de Cristo. A igreja tem que influenciar a sociedade, e isto não se fará através de leis, mas através da genuína pregação do Evangelho. Querer fazer leis com princípios cristãos objetivando melhorar as condições moral e ética do País é reconhecer a ineficácia do poder do Evangelho. Ademais, a função de transformar homens ímpios e perdidos em homens tementes a Deus não é de parlamentar ou governante algum, mas, sim, da igreja. Não precisamos de um vereador evangélico, nem de um deputado, nem de um senador, nem de um presidente. Estado é Estado, igreja é igreja. O problema do homem não é político, é pecado. Não será um político que trará a Bem-Aventurança, mas o colocar-se sob o Senhorio de Deus e anunciar Cristo crucificado e ressuscitado. A Bíblia não diz: “Feliz a nação cujo governante é crente”, mas diz: “Feliz a nação cujo Deus é o Senhor”

Não devemos nos preocupar em sermos taxados de radical, legalista ou quadrado. A defesa da sã doutrina deve permanecer nos nossos corações. Os “pastores formidáveis” querem transformar o Evangelho que é o Pão da Vida numa espécie de farinha de rosca mofada que não serve para nada.