18 de agosto de 2015

A ESCOLA DO MAL

Antigamente os crentes agiam como o salmista: “Não porei coisa má diante dos meus olhos”, hoje, o televisor é comum na grande maioria dos lares cristãos. A televisão é o elemento influenciador dos conceitos e vontades humanas, que procura estabelecer as regras de comportamento, pensamento e de consumo das pessoas, bem como os valores éticos e morais da sociedade. A TV é a escola do mal, pois modifica a visão das coisas. Aquilo que é certo, como o amor conjugal verdadeiro e a pureza, são vistos como algo ultrapassado. O materialismo é apresentado como algo muito nobre e elevado, a condição imposta é “Ter para ser”. Na programação é comum cenas de insinuação sexual, ensinando a fornicação e estimulando a luxúria. Nos chamados “programas para crianças”, se demonstram quase todas as maneiras imagináveis de matar. Artistas famosos, sem recato, falam de suas prostituições. A promiscuidade se tornou uma idéia fixa das emissoras. Enfim, a televisão é trivial e não inspira grandes pensamentos ou fortes sentimentos com vislumbres de grandes verdades.

Segundo levantamento da ONU, 95% das crianças do mundo têm acesso à TV, e elas passam pelo menos 50% mais tempo ligadas ao aparelho do que em qualquer outra atividade não-escolar. A televisão é a escola do mal, pois pesquisas mostram que no Brasil, uma criança ao completar 14 anos de idade já terá assistido 11.000 crimes na TV. Em 200 horas de programação, são vistas 30 mortes cruéis; 1.018 lutas monstruosas e animalescas; 3.592 acidentes; 32 roubos; 616 cenas de uso criminoso de armas; 410 trapaças; 86 chantagens, 57 seqüestros e 321 aparições de monstros pavorosos e infernais. 


Os pesquisadores Robert Kubey e Mihaly Csikszentmihalyi, respectivamente, diretor do Centro de Estudos de Mídia da Universidade Estadual de New Jersey e professor de Psicologia da Universidade de Claremont após um amplo estudo realizado concluíram: “A televisão rouba a energia de seus telespectadores, deixando-os depauperados, com mais dificuldade de se concentrar”. Ou seja, as faculdades cognitivas são prejudicadas. E mais: a TV semelhantemente ao cigarro, ao álcool, a cocaína e ao craque, causa dependência. 

A televisão com suas cenas, não somente mostram a indecência, mas também a ensinam, além de toda sua conversação corrupta, entorpece os sentidos do crente, até que, por fim, torna sua sensibilidade espiritual fria e endurecida. Alguns dizem: “A televisão tem coisas boas, por exemplo, os filmes religiosos”. Vale dizer que os filmes de caráter religioso é uma das piores formas de ficção, pois invariavelmente torcem a Palavra de Deus e acabam por apresentar uma mentira, trata-se, portanto, de algo enganoso. As coisas “boas” que há na televisão nada mais são do que os mesmos elementos do mundo que se encontra sob a influência de Satanás. Se supusermos que em Sodoma tivesse coisas “boas” e Ló as indicassem com certo orgulho cívico, deveríamos apreciar e acatar tais coisas? Claro que não, pois tudo que existia em Sodoma se encontrava sob a sentença de juízo, e só servia para enganar o povo. As coisas que são consideradas boas na televisão são a concupiscência da carne e a soberba da vida as quais estão colocadas lado a lado com a concupiscência dos olhos. Portanto, um aparelho de televisão é uma erva daninha das mais nocivas e venenosas. Alguns líderes dizem: “O importante é você controlar o botão da televisão e não ser controlado por ela”. Aqui cabe uma pergunta: Você se atreveria controlar um veneno mortal colocado na prateleira de sua cozinha junto com os alimentos? Lembre-se: É uma loucura criar serpentes venenosas para aprender a domá-las. Outros dizem “Coma a carne do peixe e jogue as espinhas fora”. A questão é que a carne é envenenada. A carne da TV não é segura, pois as espinhas estão entrelaçadas fortemente na carne. Ainda há aqueles que dizem: “A televisão é como as outras invenções, tais como o rádio e o automóvel, que inicialmente foram de difícil aceitação por parte dos crentes que, finalmente, acabaram por aceitá-las”. Esse raciocínio é ilógico, pois o mundo tem muitas invenções que o crente não deve usar; por exemplo, o teatro e as coreografias que já foram aceitos em muitos cultos. Teatro e coreografias devem faze parte da liturgia do culto? Claro que não, mas foram acatados. O fato de o tempo passar não altera o que não convém, ainda que cada vez mais crentes se rendam à sua tentação, e esqueçam o tipo de pessoas que deveriam ser. A sociedade nos recebera com aplausos se consumirmos o que todos consomem, se pensarmos o que todos pensam e agirmos como todos agem, porém encontramos: “Difamando-vos acham estranho não correrdes com eles no mesmo desenfreamento de devassidão” (I Pe 4:4). O crente precisa contemplar a pátria celestial e não se importar em ser diferente ou separado do mundo. Ninguém pode avaliar o poder que viria a uma igreja, se todos os seus membros jogassem seus aparelhos de TV no lixo e se dedicassem ao estudo das Escrituras. A regra de conduta do crente não é a televisão, mas a Palavra de Deus. O apóstolo Paulo dá-nos uma sabia orientação quanto ao que devemos acolher em nossa mente e coração: “Tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, se há algum louvor, nisso pensai” (Fl 4:8). Em Deuteronômio 7: 26 encontramos a seguinte exortação: “Não meterás, pois, abominação em tua casa, para que não sejas anátema, assim como ela; de todo a detestarás e de todo a abominarás, porque anátema é”. O contexto do versículo é uma admoestação aos israelitas. A “abominação” refere-se aos ídolos dos cananeus; qualquer coisa vinculada à idolatria tinha que ser destruída pelos israelitas, ou seja, os israelitas tinham que remover de suas casas tudo quanto era abominável. Isso tem implicações para hoje. Qualquer coisa que leva ao pecado e à imoralidade e que é contrária à natureza santa de Deus, deve ser banida de nossas casas, coração e mente. A televisão é um poço de iniqüidade, é a escola do mal. Portanto, é urgente você cancelar sua matrícula nessa escola! “Ai dos que ao mal chamam bem...” (Is 5:20)


Ir. Marcos Pinheiro