17 de fevereiro de 2017

AMANCEBADAS COM O MUNDANISMO


É muito importante saber a quem você está dando ouvidos. É muito importante saber o ensino que seu coração está recebendo. Hoje, multidões de pessoas cegas, mal conduzidas, estão louvando ao Senhor em igrejas escravizadas pela falsa doutrina, por pastores que estão sendo usados pelo espirito do engano. Em Judas 4 lemos “Certos indivíduos se introduziram com dissimulação, homens ímpios, que transformam em dissolução a graça de nosso Deus”. Judas nos alerta que homens pregarão a graça de Deus, e sutilmente vão distorcê-la com manipulações, até que produza dissolução no povo de Deus. “Dissolução” significa tudo o que é sujo, degradante, pervertido e obsceno e mau.

Vivemos a época de igrejas amancebadas com o mundanismo. Líderes que ensinam que algo mau pode ser bom e o que é profano pode ser puro. Esses homens estão conduzindo o povo a se sentir à vontade com o modo de vida pecaminosa. O resultado é a banalização do testemunho cristão. Hoje, ser crente e pousar nua na revista playboy, sonegar imposto, ser dono de uma rede de motéis, vender bebidas alcoólicas, ser jogador de futebol, lutador UFC MMA, passar cheque sem fundo e exibir o corpo através de vestes indecorosas não tem nada demais. Na verdade, nesse amancebamento com o mundanismo, o homem virou senhor e Deus virou o gênio da lâmpada que satisfaz os caprichos carnais do homem. Vale salientar que ser crente exige que estejamos dispostos a dizer não a um grande número de crenças e comportamentos. Natureza transformada requer um comportamento transformado. Comportamento transformado implica em um estilo de vida de acordo com o padrão bíblico. O crente é chamado para uma vida de obediência, na qual a fé é avaliada pelo comportamento.

A gravidade dos pastores das igrejas amancebadas com o mundanismo é que eles tratam o rebanho de modo abusivo pregando sonhos de ganância. E, muitas vezes se escondem por trás do jargão “Não toqueis nos meus ungidos” e, ameaçam dizendo: “Vocês correm perigo se questionarem a minha palavra”. Ora, ninguém é imune à contestação à luz da Palavra de Deus. O Senhor Jesus tomou boa parte do seu ministério para denunciar e confrontar aqueles que abusavam espiritualmente de outras pessoas.

As igrejas amancebadas com o mundanismo pregam unicamente segurança e paz e por causa de suas superficialidades e suas doutrinas de ambição removeram a santidade da casa do Senhor. Tratam a Palavra de Deus levianissimamente. Ensinam caminhos e meios para ter prosperidade e sucesso ao invés de um chamado à separação. Os líderes das igrejas amancebadas pregam um evangelho frívolo, leve, sensual, coreográfico. São fãs dos balidos de Amaleque. Acham bom e agradável quando roqueiros com piercings e vestidos de sadomasoquistas, se pavoneiam e rodopiam sexualmente na plataforma da igreja, explodindo seu rock. Acham bom e agradável quando as “bailarinas de Jesus” com seus cabelos estilo moicano se apresentam dançando de modo semelhante as dançarinas dos programas de auditórios. Acham bom e agradável manter na plataforma do templo os mesmos efeitos especiais dos cassinos de Las Vegas. A fim de dar cobertura às suas ganâncias, dizem cinicamente: “O Senhor está no meio de nós”.

Os pastores das igrejas amancebadas com o mundanismo se apoiam em números e em seus magníficos edifícios como prova de que Deus está com eles. Conhecem mais sobre “marketing para crescimento de igreja” do que sobre a Palavra de Deus. A fim de manter o povo manietado inventam slogans do tipo: “Renovação”, “Restituição”, “Nova unção”. Desse modo, mercantilizam o evangelho levando as pessoas a buscarem a salvação e a cura divina do mesmo modo que adquirem produtos no shopping. Esses larápios são especialistas em tirar proveito de fraquezas alheias oferecendo solução para a pobreza e para as doenças em troca de ofertas. Na verdade, as ganâncias desses pastores expulsaram o Senhor de seus cultos. Eles próprios não ingressam na santidade e na plenitude de Cristo, e impedem o rebanho de ingressar.

O Senhor sempre possui um remanescente santo durante os períodos de trevas. Um remanescente que mantém a luz do evangelho queimando quando a igreja é corrupta e cruel. Esse remanescente não são os ministros gananciosos, não são os “popstars” aplaudidos, mas um povo de mente direcionada aos céus, esgotados da superficialidade e das concessões.  Um povo que anseia ardentemente a santidade na casa de Deus!

Precisamos de igrejas que sejam intolerantes com o erro, que mantenham limites morais definidos, que promovam a integridade doutrinária, que se mantenham firme em tempos de provação, sim, precisamos de igrejas que reflitam o caráter de Cristo, que sejam profundamente teológica, profundamente ética, profundamente misericordiosa e profundamente doxológica. Não queremos igreja-clube, igreja-show, igreja-circo, igreja-boate, igreja-meretriz, igreja-barzinho, igreja-cafeteria, igreja-empresa, igreja-supermercado, igreja-petrificada, igreja-congelada, igreja-confusa, igreja de sepulcros caiados. Não queremos mega-igrejas cintilantes abarrotadas de cristãos nominais. Queremos igreja-igreja. Queremos igrejas santas, não comprometidas com o mundanismo, igrejas que condenam as iguarias do mundo!