9 de agosto de 2014

A suficiência da Bíblia

A atitude reinante na igreja pós-moderna é a de ser, mais do que nunca, aberta à psicoterapia. Para muitos líderes pregar a Bíblia está fora de moda, compartilhar as Escrituras e orar com alguém que está com suas emoções profundamente feridas é algo muito superficial. A Bíblia, segundo alguns líderes, serve muito bem para as pessoas normais, mas pessoas afetadas emocionalmente precisam da ajuda de um psicoterapeuta.
A verdade é que todo tipo de terapia fica aquém das verdadeiras soluções para as reais necessidades da alma humana. A Palavra de Deus faz o que a terapia não pode fazer: ela penetra no coração, corrige o comportamento (2 Tm 3:16) nos restaurando a uma correta postura moral e espiritual. Existe um aspecto purificador no poder da Palavra de Deus: “vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado”. Davi sob a inspiração do Espírito Santo, diz que a perfeita lei de Deus afeta a pessoa, restaurando-lhe a alma (Sl 19:7). Ou seja, A Palavra de Deus é tão poderosa e abrangente que pode converter e transformar a pessoa toda, tornando-a alguém precisamente como Deus quer que ela seja. Portanto, nenhum método de terapia concebido pelos homens pode ter efeito corretivo, purificador e solucionador. A Palavra de Deus é suficiente para restaurar a vida mais arrasada, mais fracassada e mais infeliz. Ela nos basta, pois o Deus suficiente revelou-se em Sua Palavra suficiente!
A conferência realizada em Phoenix, no Arizona, reuniu as maiores autoridades em psicologia num evento que foi considerado a maior reunião do gênero em todos os tempos. A conferência, chamada “A evolução da Psicoterapia”, reuniu 7000 especialistas em saúde mental, vindos de todas as partes do mundo. O Dr. Joseph Wolpe, um destacado pioneiro na terapia, denunciou a conferência de Phoenix como “uma torre de babel de vozes conflitantes”. Segundo Wolpe, entre os terapeutas existe pouca concordância. Não existe uma ciência unificada chamada psicoterapia, apenas uma cacofania de teorias e terapias discordantes. O organizador do evento, Dr Jeffrey Zeing, afirmou haver uma centena de teorias diferentes só nos Estados Unidos e a maioria delas está fadada ao fracasso. O jornal Los Angeles Time, relatando acerca da conferência de Phoenix, citou o psiquiatra escocês Dr. Laing, que disse: “não creio que a psicoterapia seja uma ciência. Não é como a química ou a física onde edificamos um corpo de conhecimento e progresso”.

O Dr Karl Popper, considerado a maior autoridade na área da filosofia da ciência, conclui, após um longo estudo da psicoterapia, que as suas teorias, apesar de pretenderem passar por ciência, têm mais em comum, mitos primitivos do que com ciência, e que essas teorias descrevem alguns fatos, mas à maneira de mitos. O psiquiatra Dr Jerome Frank, professor da escola de Medicina da Universidade Johns Hopkins, afirmou: “a psicoterapia é o único método que, pelo menos em grande parte, parece criar a doença de que trata”. O psicólogo Martin Bobgan, douto em psicologia educacional pela Universidade do Colorado, conclui após 500 laudos psicoterápicos que “não estamos cientes de sequer uma demonstração convincente de que os benefícios da psicoterapia excedem aqueles de placebos para pacientes reais, a psicoterapia está envolvida em uma confusão e cheia de falso conhecimento e falsas teorias, resultando em uma pseudociência”. O psicólogo Hobart Mowrer, professor de psicologia da Universidade de lllinos externou sua descrença nos métodos psicoterápicos: “com o passar dos anos eu venho me desencantando progressivamente com os resultados da psicoterapia e de sua teoria subjacente”. A organização Cochrane, localizada em Oxford, que oferece orientação médica especializada, questiona em seu relatório se as terapias realmente podem ajudar. Seus autores concluem que “as terapias são, no mínimo, inúteis e que, em alguns casos, podem até fazer que as suas vítimas venham a sofrer de síndrome de stress pós-traumático”.

A pretensão que diz que a psicoterapia tem uma elevada taxa de sucesso não está baseada em fatos. Nos estudos em Cambridge-Somerville, jovens delinqüentes eventuais que tinham seguido tratamentos psicoterápicos tornaram-se piores que os candidatos do grupo de controle que não tinham recebido qualquer tratamento. Após os atentados de 11 de setembro de 2001 mais de 9000 psicoterapeutas ofereceram seus serviços psicoterápicos aos nova-iorquinos. O psiquiatra Dr. George Bonnano que coordenou os trabalhos dos psicoterapeutas afirmou: “a terapia para os sobreviventes do atentado e as famílias das vítimas foi um tremendo desperdício de dinheiro”. Portanto, não existem resultados de pesquisas científicas que dêem suporte ao emprego da psicoterapia.

Os cristãos que procuram conciliar a psicoterapia com a Bíblia esquecem que existe mais de 450 tipos de terapias, freqüentemente contraditórios e completamente bizarros, e mais de 10.000 técnicas, cada uma delas advogando superioridade em relação às demais. Isso torna impossível a conciliação da Palavra de Deus com a psicoterapia. Grande parte dos problemas para os quais as pessoas precisam de ajuda é causada pelo pecado. Assim, precisamos do poder do Senhor Jesus. Somente o Ele pode dizer: “os teus pecados são perdoados, vai-te em paz”.

A Palavra de Deus é suficiente para curar traumas, fobias, medos, depressões, ansiedades. O cristão conta com outros recursos para a sua saúde emocional: a santificação, a oração e a meditação na Palavra de Deus! Deus tem resposta em Sua Palavra para cada problema espiritual, mental e emocional do homem. “A lei do Senhor é perfeita e refrigera a alma, os preceitos do Senhor são retos e alegram o coração” (Sl 19:7-8).

Ir. Marcos Pinheiro