Enfim, um Deus que é um babaquara-bonachão com um saco cheio de presentes para dar àqueles que vivem de religiosidade festiva, ou seja, freqüentam a igreja aos domingos, dizimam, ofertam, cantam corinhos, pulam, sapateiam, assobiam, gritam, dão vaias, sopram, estouram bolas, gingam o corpo, gargalham, dançam, rodopiam, berram e batem palmas. A ladainha arrazoada dos mediocrizadores do Evangelho é sempre a mesma: “Venha buscar sua bênção”, “Aprenda a vencer o devorador”, “Deus derramará uma unção financeira sobre você”, “Venha recuperar o que o diabo roubou de você”, “Aprenda a viver acima da média”, “Torne possível seus impossíveis”, “Exija seus direitos a Deus”, e por aí vai.
Hoje os crentes estão como o povo na época de Jeremias: Só querem ouvir coisas boas, como ser rico e o que fazer para ter um carro zero e morar numa cobertura olhando para o mar. Não querem ouvir nada de abandono de pecados como: cinema, Tv, circos, maquiagens, mundanismo, futebol, vestes indecentes e etc, nada de necessidade de arrependimento.
Compromisso com Deus, intimidade com Deus, aprofundamento no relacionamento com Deus, santidade, vida de oração, nem falar! Os falsos profetas na época de Jeremias contrastavam a sua mensagem. Os falsos profetas só falavam aos seus ouvintes de vitória, prosperidade, riquezas e futuro radiante. Jeremias falava de juízo, de pecado e necessidade de arrependimento. Para os falsos profetas e o povo, Jeremias era um antiquado, ultrapassado, quadrado, xiita, radical, legalista. Mas, sem se preocupar em ter sucesso, Jeremias disse que os profetas agiam falsamente e curavam superficialmente as feridas do povo. A situação na época de Jeremias é a mesma dos dias atuais. Os crentes não gostam de serem advertidos, não gostam de serem convocados a andarem na contra mão do mundo vivendo uma vida piedosa. Gostam de serem bajulados.
Estão infectados com o vírus do Evangelho medíocre o que os deixam ávidos por benção, ou seja, estão acometidos de uma doença: bençãotite. Por outro lado, os inescrupulosos mediocrizadores do Evangelho dizem sempre paz, paz! oferecendo ao povo festas e louvores, louvores e festas, ou seja, a vida religiosa festiva basta. Na visão dos líderes mediocrizadores, o homem não precisa se enquadrar na vontade de Deus, por isso, seus sermões são massageadores do ego e lisonjeiros ao pecador.
A pregação desses satânicos homens não é focada nas exigências morais e espirituais de Deus, pois as necessidades materiais dos ouvintes têm mais relevância que a proclamação da santidade de Deus. Esses burlões sempre oferecem a graça de Deus ligada aos bens materiais omitindo a santidade, a vida de renúncia e o abandono de pecado. Esses embusteiros se esquecem que o Evangelho não é um chamado para viver nababesco, mas um chamado para andar com Deus tomando a cruz.
Deus não se deixa vender. Deus não é devasso. Deus não se deixa subornar por ofertas. Deus quer caráter e vida submissa a Ele. Ninguém está autorizado a oferecer carro zero, casa própria e unção financeira em nome de Deus. Jesus ofereceu a cruz.