Muitos líderes pensam que precisamos entender o nosso tempo para enquadráramos nele a nossa mensagem. Esse pensamento maligno tem levado as igrejas abandonarem a porta velha, ou seja, a legítima e genuína doutrina cristã. É urgente entendermos que o nosso foco não deve ser um ajuste do que pregamos aos novos tempos, mas sim, como pregar a mesma mensagem de sempre aos novos tempos. A igreja deve se firmar nas raízes bíblicas e encaixar o tempo em que vivemos dentro das raízes bíblicas.
O conteúdo bíblico, os preceitos divinos e a doutrina cristã independem do tempo, não podem ser adaptados à época e nem a cultura secular alguma. Judeus e gregos tinham uma visão do mundo completamente distinta, mas a igreja primitiva pregava aos dois grupos a mesma mensagem, a mesma porta velha. Quando Paulo focalizou tempos futuros, ele não prognosticou ao jovem pastor Timóteo nenhum conteúdo diferente. O apóstolo disse a Timóteo: “Prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda longanimidade e doutrina” (2 Tm 4:2). Em I Coríntios 1:23 Paulo enfatiza: “Mas nós pregamos a Cristo crucificado”. Essa mensagem era ofensa para os judeus e loucura para os gregos, ou seja, o conteúdo dessa mensagem não fazia sentido para nenhum dos dois grupos. Mas, isso não intimidou a igreja, não a fez recuar. A igreja não teve dois evangelhos, um para cada cultura.
Hoje temos um evangelho africano, um evangelho indígena, outro sul americano, outro asiático, outro escandinavo e por aí vai. A preocupação de muitos pastores é como tornar a porta velha palatável ao incrédulo. Esses líderes oferecem uma doutrina tipo panetone, isto é, encharcada de doces para satisfazer o paladar dos ouvintes dando origem a igreja panetonizada.