22 de agosto de 2015

Eles conhecem a biblia, mas não a Deus!

Em Jeremias 2:8 diz: “E os que tratavam da lei não me conheceram e os pastores prevaricavam contra mim”. A maior tragédia que pode acontecer em uma igreja é um pastor que não conhece a Deus intimamente. Na época de Jeremias havia um punhado de doutores da lei com postura altiva sem experiência com Deus. Estudavam a lei, possuíam informações sobre Deus, mas não o conheciam pessoalmente. Assim são a maioria dos pastores de hoje. Usam trocadilhos de palavras, fazem malabarismo com as Escrituras, alinham suas verborréias, mas não têm conhecimento experiencial com o Senhor. O quarto secreto de intimidade com Deus não existe para eles. O mais grave é que esses homens destratam os verdadeiros profetas do Senhor, chamando-os de xiitas, radicais, dinossauros, legalistas, fanaticos. Quando os pastores mundanos e materialistas percebem profetas fiéis em seus palácios coloca-os no gelo para se proteger, ou seja, levantam cercas diante da verdadeira pregação não dando oportunidades aos profetas fiéis, pois estes são uma ameaça para seu Mamonistério. Os verdadeiros profetas não fazem apologia ao pecado e nem desconsideram a Palavra de Deus.

Uma característica dos pastores lobos é a agressividade. Têm procedimento típico de baderneiros de botequim. Dizem em alto e bom tom: “Comigo não tem essa de oferecer a outra face, quem bater leva”, “Tenho os melhores advogados ao meu lado e vou arrebentar”. O verdadeiro líder tem paixão pelo Evangelho e sabe que são os humildes, os mansos, os contritos e os pacificadores que herdarão o céu.

Na visão da maioria a melhor igreja nos dias atuais é aquela em que os dízimos e ofertas crescem exponencialmente; o pastor é um tiozão amoroso de voz aveludada, de sermões edulcorados, deleitáveis e cheios de promessas e de consolação; tem figurões na membresia: jogadores de futebol, campeões de olimpíadas, humoristas famosos, empresários, políticos, cirurgiões renomados; é repleta de encontrões sociais: chás das 17:00 horas das senhoras, feijoadas, bazares, futebol da mocidade, gincanas, desenhos animados para a garotada, balcão de tatuagens, sorteios e bingos. Tudo isso passa a imagem de uma igreja ativa e viva, mas está morta. Além disso, no palácio deses falsos pastores tudo é gaiato, tudo é festeiro, tudo é sorriso. Ninguém leva a sério a seriedade do Evangelho. Na verdade, o palácio deles é a clínica do Dr. Sorridente. Com seu sorriso anacâmptico o Dr. Sorridente consegue que sua vontade na igreja prevaleça sobre a vontade de Deus.

Uma igreja somente tem o direito de se chamar igreja de Cristo e para Cristo quando ela vive para o louvor da glória de Deus e alimenta suas ovelhas com a santa, pura e inerrante Palavra de Deus. Paulo diz em 1Co 11:14-16 que igrejas que não obedecem o padrão biblico não são de Deus. O verdadeiro ministro do Evangelho não se vende, não se aluga, não se amordaça, não consegue falar de si mesmo. É como o apóstolo Paulo: “Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado” (I Co 2:2).

A Palavra de Deus nos exorta a ficarmos vigilantes contra aqueles que querem nos enganar com palavras fingidas (2 Pe 2:3). O exercício constante e persistente do discernimento espiritual nos permite separar o verdadeiro do falso.