23 de janeiro de 2015

CONTAMINAÇÃO

Em Gênesis 31:13, Deus ordenou a Jacó que saísse da cidade de Síquem – “Eu sou o Deus de Betel, onde tens ungido uma coluna, onde me tens feito o voto; levanta-se agora, sai-te desta terra, (a terra de Síquem) e torna-te à terra da tua parentela”. Síquem era uma cidade pagã e Deus na sua sabedoria sabia do perigo que a família de Jacó passava no convívio com pessoas imorais que não temiam ao Senhor. Jacó, porém, optou por conviver em estreita ligação com o povo pagão de Síquem. Ele deixou de estabelecer limites e normas corretas para seus filhos, no tocante à sua interação com os ímpios. Jacó deixou de observar devidamente a seus filhos.

Diná, filha de Jacó, procurou conviver com as mulheres ímpias e vaidosas – as filhas da terra de Síquem e, ao invés de influenciá-las a deixarem as vaidades e a idolatria, foi influenciada. A Bíblia diz em Gênesis 34:5 que Diná foi contaminada – “Quando Jacó ouviu que fora contaminada Diná, sua filha, estavam os seus filhos no campo com o gado; e calou-se Jacó até que viessem”. Com que Diná foi contaminada? Com vírus? Com bactérias? Com fungos? Evidentemente que não. Diná foi contaminada pela prostituição e pelo uso de jóias. Em Gênesis 34:2 e 3 lemos: “E Síquem, filho de Hamor, Heveu, príncipe daquela terra, viu-a (viu a Diná), e tomou-a, e deitou-a com ela...”.


Em Gênesis 35:1 Deus ordenou que a família de Jacó seguisse para Betel a fim de levá-la a uma mais estreita obediência à sua palavra. Jacó reconhece, na ordem divina para que retornasse a Betel, a necessidade de renovar as relações estabelecidas com Deus, mediante a abolição da vaidade e da idolatria, que lhe transtornara o ambiente doméstico – “Depois, disse Deus a Jacó: Levanta-te, sobe a Betel e habita ali; fazei ali um altar ao Deus que te apareceu quando fugiste diante da face de Esaú, teu irmão” (Gênesis 35:1). Jacó reconhecendo o agravamento da deterioração espiritual da sua família ordenou a todos os seus familiares: “... Tirai os deuses estranhos que há no meio de vós, e purificai-vos, e mudai as vossas vestes” (Gênesis 35:2). No versículo 4 de Gênesis 35 lemos: “Então deram a Jacó todos os deuses estranhos que tinham em suas mãos e as argolas que lhes pendiam das orelhas; e Jacó os escondeu debaixo do carvalho que está junto a Síquem.”
Observe as duas contaminações: “... deuses estranhos que tinham em suas mãos” (Idolatria), “... argolas (pendentes) que lhes pendiam das orelhas” (uso de jóias). Antes da convivência com o povo de Síquem a família de Jacó não era idólatra e nem usava jóias. 



A idolatria e o uso de jóias eram típicos dos ímpios de Síquem. Jacó ao receber de seus familiares os deuses estranhos e as jóias, não os levou para Betel, mas os escondeu debaixo do carvalho que está em Síquem. Era como se Jacó dissesse: Os deuses estranhos e as jóias são típicos do povo de Síquem e não do povo que teme o Deus Vivo. Depois dessa renovação espiritual de Jacó, ele voltou a experimentar a proteção, presença, revelação e bênçãos de Deus. Deus renova a promessa do concerto abraâmico – “... Uma nação e multidão de nações sairão de ti, e reis procederão de ti; te darei a ti a terra que tenho dado a Abraão e a Isaque e à tua semente depois de ti darei a terra” (Gênesis 35:11 e 12).