1 de agosto de 2014

COMUNIDADE-CARNIFICINA: O VINHO IMUNDO DA GRANDE MERETRIZ

A igreja primitiva transtornou o mundo com a mensagem da cruz, hoje, o mundo transformou a igreja com suas virulentas heresias e esquisitices. A igreja moderna aderiu a filosofia do “Vale tudo por membros”. Seduzida pelo “Vale tudo por membros”, a igreja moderna introduziu outro evangelho onde novo nascimento, negar-se a si mesmo, tomar a cruz e santidade não são mais necessários. Nesse contexto, a igreja moderna passou a ser chamada de comunidade, exalando todo tipo de estultícia espiritual provocando uma chacina das ovelhas. Por isso, a igreja moderna pode ser propriamente denominada de “Comunidade-carnificina”, ou seja, “Comunidade da chacina espiritual”.

Na comunidade-carnificina o pastor não evangeliza os sem teto, os desfavorecidos, os pobres. O negócio é com pecadores elitizados: médicos, juízes, advogados, empresários, etc., pois esses engordam o gazofilácio. Prostitutas, mendigos, pescadores, soldados e vendedores ambulantes, eram com Jesus e com a igreja primitiva. O sermão do pastor carnificina é chamado de palestra. Para satisfazer os pecadores elitizados a palestra-sermão gira em torno de Sócrates, Platão, Augusto Conte, Kant, Freud e Carl Jung. A Bíblia é usada apenas como acessório. Também nunca falta em suas palestras-sermões citações dos heréticos, Mark Driscoll, Bill Hybels, Ted Haggard, Pat Robertson, Rob Bell, Rick Warren e Leonardo Boff. E, para satisfazer os idólatras citam em suas palestras-sermões os místicos católicos Francisco de Assis, Bernardo de Clairvaux e Madre Teresa de Calcutá. De modo sombreado apelam à unidade entre evangélicos, católicos, maçons e praticantes da Nova Era. A intenção é unir pelo erro e não dividir pela Verdade.

Na Comunidade-carnificina, o culto passou a ser chamado de celebração. Aí, tem-se a celebração da família, das senhoras, dos jovens, dos adolescentes e das crianças. As celebrações são coloridas e reluzentes regadas a fumaça, gelo seco, jogos de luzes, coreografias e muita batucada. Na mente entorpecida do pastor da comunidade-carnificina, as palavras inferno, pecado e arrependimento trazem tristeza aos ouvintes. Desse modo, em suas palestras-sermões, a palavra inferno é substituída por afastamento de Deus, pecado é substituído por falha e arrependimento por meia-volta. A infiltração dos princípios da psicologia humanista na comunidade-carnificina é tão forte que o pecado é considerado como uma doença. Para a turma da comunidade- carnificina, homossexualismo, alcoolismo, vício em drogas e pedofilia são doenças, e não pecado.

O louvor tem estilo diferenciado na comunidade da chacina espiritual. Como na comunidade da chacina espiritual a santidade é opcional, não se canta sobre integridade, vida santa, morte vicária, vitória sobre a carne. As melodias são para ativar a adrenalina para gerar movimentos pélvicos. O louvor inicia-se com músicas seculares de Roberto Carlos, Gilberto Gil, Caetano Veloso, etc. No final da celebração a música oficial é o hino da Nova Era “Imagine” de Jonh Lennon. Só para lembrar, Lennon foi admirador e seguidor do satanista Aleister Crowley. Em uma entrevista, John Lennon disse que toda a idéia dos Beatles era o famoso ensino de “faça o que quiser” de Crowley. Na verdade, a comunidade- carnificina transformou-se em um centro de entretenimento rock & rool com movimentos aeróbicos e palmas para Jesus como se Jesus fosse um mega-star. Os “levitas” da comunidade-carnificina participam de encontros idólatras chegando às raias da blasfêmia ao afirmar que “nesses encontros acontece um sublime mover de Deus e que a transformação de um País passa pelos fiéis idólatras”.

Para os pastores da comunidade-carnificina, o púlpito deve ter design atrativo. Pode ter formato de skate, de raquete, de chuteira, de prancha de surf ou de cama de motel. Ninguém precisa trazer mais Bíblia para a celebração. Tudo é projetado. O pastor da comunidade-carnificina prega usando o seu notebook ou o seu tablet de última geração.  Na visão tupiniquim do pastor da comunidade- carnificina o traje do pregador deve ser informal para trazer leveza ao ambiente. Nesse contexto, aboliu o paletó e a gravata. Não bastasse a tudo isso existe a tal de “transferência de unção” e o tal “sopro do espírito do engano” que redundam na “teologia do cai-cai”. Na verdade, a comunidade-carnificina está embriagada com o vinho imundo da grande meretriz (Ap 17:2). Estão em paz com o diabo porque produzem “filhos da perdição”.

Os pastores da carnificina têm uma visão totalmente anti-bíblica da natureza humana. No aconselhamento às suas “ovelhas” o pastor repassa a heresia de que cada pessoa tem as respostas da vida dentro de si mesmo. A Bíblia diz que as respostas para a vida são encontradas dentro das Escrituras, reveladas por Deus em Cristo. Enquanto a Bíblia ensina que as pessoas procedem mal porque são pecadoras, com uma natureza defeituosa e depravada, os pastores da comunidade carnificina ensinam que a natureza humana é basicamente boa e o comportamento mal das pessoas deve-se a forças externas que as machucaram. Os pastores da carnificina estão nadando na psicologia como um cão em um lago, por isso perderam o foco de que a real mudança no homem é efetuada através do arrependimento do pecado, do poder do Espírito Santo e do entendimento da Palavra de Deus.

O abismo abriu-se e soltou a cavalaria do inferno em galopada contra a igreja do Senhor. Deus quer que lhe ofereçamos resistência. É urgente arvorarmos mais alto o pendão de Cristo para que a nossa atuação seja marcante e desassombrada no combate ao desfiguramento do Evangelho, e à obra de chacina espiritual que se abateu sobre a geração de nossos dias.



Ir. Marcos Pinheiro