28 de setembro de 2016

PASTORES LEPROSOS: A OBRA DE DEUS NO ESTILO EGÍPCIO PARTE 2.

Esses “doutores” deveriam aprender com os nossos irmãos puritanos. Os puritanos só tinham um interesse: A glorificação de Deus. Eles rejeitavam entrevistas nos jornais da época. Os puritanos assinavam as suas mensagens só com as iniciais, pois temiam que alguém pudesse honrá-los e roubar de Cristo toda a glória. Eles não queriam que a capa de seus livros fosse a cores nem tivesse suas fotos para evitar que as pessoas se distraíssem em relação à mensagem. Todos eles morreram na fé, rejeitados pela religião organizada, e quase desconhecidos. Porém, hoje, falam mais alto do que nunca.


Jesus se apresenta nos evangelhos como desprezado, censurado, perseguido, sem ter onde reclinar a cabeça, bem diferente dos “doutores Murdock’s” e dos “doutores Cerullo’s” de hoje. Esses “doutores” estão induzindo os crentes a preferirem as bênçãos físicas da velha aliança do que as bênçãos espirituais prometidas por Cristo. Em seus desesperos para arrecadar mamon chegam às raias do ridículo com mensagem do tipo “Quatro atitudes para você nunca perder o emprego”. Enfim, o povo é levado a valorizar o estilo leproso de Egito.


Quando Jesus andou por esta terra, Ele estava cercado pela riqueza e opulência dos poderes romanos. Mas, Jesus rejeitou tudo isso. Jesus exaltou a excelência e a superioridade dos valores espirituais sobre os valores físicos.


Os lideres afeiçoados com o estilo do Egito enganam as pessoas curando superficialmente suas feridas através da técnica de manipulação. No entanto, suas palavras são como penas, sem peso, desprovidas de autoridade celestial.


Para impressionar a platéia os pastores leprosos abrem o culto com o que eu chamo de “chavão terapêutico”: “Nesta noite vamos com ousadia romper o sobrenatural”. Ora, somente Deus rompe o sobrenatural. Ele é quem comanda, decreta, ordena, declara, libera e determina.


Os pastores leprosos tentem dar uma nova embalagem ao Evangelho. Tentam antropologizar, sociologizar e psicologizar a Palavra de Deus. Nesse contexto, colocam adendo e suplemento à Bíblia. Já ouvi um pastor leproso dizer o seguinte veneno: “Jesus foi um contador de estórias, em sua fala quase nada existe de doutrina” Que blasfêmia! Essa nova embalagem que os pastores leprosos têm dado ao Evangelho tornou o Evangelho sensacionalista, corporativista, de glamour, de diversão.


Se colocarmos algum enxerto no Evangelho por mais belo que esse enxerto pareça ser, faremos da cruz de Cristo uma coisa vã, e a sua glória se esvairá. Os filósofos gregos, quando ouviram a mensagem de Paulo disseram que ele era um louco, um tagarela. Isso porque o que Paulo pregava era incompatível com as teorias e conceitos filosóficos dos gregos. Paulo nunca colocou enxerto na mensagem da cruz. Façamos a obra do Senhor no estilo do céu!

Ir. Marcos Pinheiro