Aos: cantores laodiceianos de todo o mundo, e especificamente aos do Brasil: Aline Barros, Ana Paula Valadão, André Valadão, Cassiane, Thalles Roberto, Fernanda Brum, Ludmila Ferber, Damares, Regis Danese, Kleber Lucas, Eyshila, Fernandinho Jerônimo, Bruna Karla, Rachel Malafaia, Jotta A, Kainón, Cristina Mel, Davi Sacer, Jonas Vilar, David Quinhan.
Infames cantores laodiceianos, vocês cantam: “Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos” e não percebem que entraram pelo caminho de Caim, e foram levados pelo engano do prêmio de Balaão. Vocês “adoram” ao Senhor aos seus próprios modos como Caim, e estão interessados em dinheiro à semelhança de Balaão. Isso é notório a todos, pois vocês só se apresentam sob cachês gordos. Vocês se esqueceram que se o fim de todas as coisas for o dinheiro, isso se chama avareza. Por outro lado, percebe-se o quanto vocês vivem mergulhados em sonhos de grandeza pessoal, e infectados por este vírus maldito, têm apostatado na fé. Ademais, vocês adoram dar autógrafos e ser chamados impropriamente de “levitas”.
A mente de vocês tem se tornado tão amalgamada com o mundo, que vocês perderam o discernimento para distinguir entre música que é santa e música que é profana, que alimenta a carne. No inicio da igreja católica romana, os católicos tomaram as coisas pagãs e as cristianizaram. Hoje, vocês estão fazendo o mesmo. Ou seja, vocês estão querendo santificar o profano e cristianizar o mundano. Por isso, vocês têm trazido uma redução de todos os padrões de moralidade e doutrina. Os estilos de suas canções vieram das boates, das casas de prostituições, dos botequins, das orgias dos carnavais e dos covis de jogatinas. Os ritmos de suas músicas estimulam a sexualidade e a volúpia da carne. Vocês esqueceram que nunca podemos falar do que é sagrado, com música profana. Nunca podemos falar da mensagem da cruz, do inferno e da salvação, com música irreverente. Nunca podemos falar do sacrifício vicário de Cristo, com música centrada no eu.
Vocês criaram o conceito anti-bíblico de que uma música para ser louvor basta possuir a Palavra de Deus, o nome Jesus ou alguma palavra religiosa. Examinando as Escrituras Sagradas vemos claramente que misturando o sagrado com o profano, ocorre o que a Bíblia chama de profanação. Em Efésios 5:19 a Bíblia diz: “Falando entre vós em salmos, e hinos, e cânticos espirituais”. A palavra “espiritual” é uma palavra grega e significa algo que é diferente do mundo, algo que é colocado à parte para Deus, algo que é santo, agradável ao Deus santo e separado deste mundo. Em suas composições musicais vocês misturam versículos bíblicos com introspecção hinduístas, mantras com suas frases repetitivas e regressão espiritual. A doutrina passa longe em suas canções. Vocês vão desde o rock até a batucada da macumba. Portanto, suas canções conhecidas como “gospel” são profanações, pois estão fortemente identificadas com o diabo, a carne e o paganismo.
Em suas canções, a visão do que seja a fé salvadora tem se tornado rasa e a graça tem sido barateada dando lugar ao emocionalismo e sensacionalismo. Há muito palavreado irrefletido em suas canções, letra tipo “comida estragada”. Vocês têm casado a mensagem da cruz com veículos mundanos. Isso é o mesmo que tentar beber água pura depositada num imundo vaso sanitário. Lembro-me das palavras de Thomas Watson, pregador puritano: “Adorar um falso Deus é proibido, adorar o verdadeiro Deus de uma maneira falsa é também proibido”
A triste verdade é que os estilos de suas melodias estão fora dos padrões bíblicos, portanto, são concebidas no inferno. Não é à toa que as igrejas que adotam suas canções como primazia nos louvores é uma casa de exibição de nudismo, pois quando o padrão de música em uma igreja se rebaixa, o padrão de vestimenta também se rebaixa. Vocês se esqueceram, cantores laodiceianos, que não se pode manter a verdade diminuindo compromisso com a santidade. A melodia tem que ser sem os enfeites do presente século e sem nenhum apelo à carnalidade.
Infames cantores laodiceianos, eu estou convencido de que as músicas de vocês é veneno mortífero para a igreja do Senhor Jesus. Vocês estão arrastando gerações de cristãos professos a aceitarem suas músicas sensuais e profanas. Vocês estão empurrando goela abaixo, o envelope da aceitabilidade de canções carnais, desonrante a Deus e focalizada no homem.
Quero dizer-lhes que quando o padrão da verdade de Deus é mudado, gera-se anarquia espiritual. É isso que vocês promovem em seus shows – anarquia. Como o interesse de vocês é $$$ suas melodias sempre apelam para o requebro sensual e expressões de carnalidade com ares de piedade. Vocês bebem do “cálice do Senhor e do cálice dos demônios” quando participam do “Festival Promessas” e se exibem em programas de Raul Gil, Fátima Bernardes, Luciano Huck, Eliana e Xuxa. Saibam vocês que Deus não é dançarino de samba, forró, jazz, lambada, rock, funk, reggae. Deus é um Deus Santo e deve ser adorado em santidade, ou seja, separado das imundícias deste mundo vil e abominável.
É prudente analisarmos qual Jesus ou qual evangelho a música está apresentando. As Escrituras contêm muitas advertências sobre a apostasia do fim dos tempos. Portanto, é correto que apliquemos aquelas advertências à música. E a todos vocês, infames cantores laodiceianos, será aplicado o que está escrito em apocalipse 3:16: “Vomitar-te-ei da minha boca”. Espero que eu não esteja sozinho contra o culto-show anárquico que vocês promovem. Faço minha as palavras do pastor puritano D. M. Lloyd-Jones: “A glória do Evangelho é que, quando a igreja é absolutamente diferente do mundo, ela o atrai; caso contrário, se formos iguais, indistinguíveis dos não cristãos, seremos inúteis”.
Ir. Marcos Pinheiro