Quando a mensagem, que incita à santificação, é desalojada de uma igreja, penetra um outro espírito, ou seja, o espírito da mistura e da libidinosidade. A presente geração está lamentavelmente intoxicada pela luxúria e pala impureza. De modo semelhante, uma espécie de imodéstia nas vestimentas tem infeccionado a igreja do Senhor Jesus Cristo. Constatamos atualmente um abrandamento sem escrúpulos da lei de Cristo, uma adaptação leviana a formas de pensar e viver mundanos, e isso sob invocação da chamada “liberdade do espírito” que é pregada pela maioria das igrejas. Com muita facilidade, quer por vergonha, quer por timidez ou ainda pelo famoso e infeliz senso de grupo, alguns crentes se deixaram levar de arrastão por padrões de incrédulos no modo de se vestir. Nesse contexto muitos argumentam: “Todo mundo faz assim, todo mundo se veste assim”. Em conseqüência a voz da Palavra de Deus tem sido lentamente rebaixada pela voz da mídia, pela indústria da moda e pela opinião pública.
Ninguém pôs um revolver na cabeça das pessoas e lhes disse: “Tire a roupa, se não você morre!” A indústria da moda simplesmente disse: “Esta é a roupa da moda”, e a sociedade despiu-se com avidez. A bandeira das feministas é: “Este é meu corpo; eu faço o que quero”. O clamor dos Jezabéis modernos é: “Esta é a minha liberdade; eu faço o que quero, visto o que quero, se maqueia quando quer e etc”. Contudo, a declaração das Escrituras é: “Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo” ( I Co 6:19). Ora, se somos verdadeiramente crentes, isto significa que não nos pertencemos. Todo o nosso ser, isto é, corpo, alma e espírito é propriedade adquirida por Jesus Cristo; e o preço pago pelo nosso corpo foi o traspassamento do corpo dEle. O nosso corpo pertence a Ele! O Senhor Jesus o redimiu mediante o Seu sangue no calvário. Temos de pensar bem na maneira como adornamos esta propriedade adquirida pelo sangue do Senhor Jesus. Alguns dizem: “Isso é legalismo” Exortar os filhos de Deus a cobrirem seu corpo não é legalismo, pois a moralidade cristã é um mandamento bíblico.
O pregador John Owen no seu livro The Nature and Causes of Apostasy (A Natureza e as Causas da Apostasia) diz: “Há muito tempo a vaidade tem sido acrescentada às roupas, com modas e maneiras de vestir levianas, tolas e lascivas”. Agostinho, um dos pais da igreja, disse: “Vestes supérfluas são piores do que a prostituição, porque esta corrompe apenas a castidade, mas aquelas corrompem a natureza da pessoa”. John Bunyan abordou a questão da seguinte maneira: “Por que muitas mulheres saem de casa com os ombros desnudos e seios à mostra? É para honrar a Deus e adornar o evangelho? É para tornar o cristianismo atraente e fazer os pecadores desejarem a salvação? Não, não; pelo contrário, elas o fazem para satisfazer suas próprias concupiscências, creio que Satanás tem atraído mais pessoas ao pecado de impureza, por meio do esplendoroso desfile de roupas requintadas, do que poderia ter atraído sem a utilização de tais roupas”. Charles Spurgeon disse: “Londres recebe suas modas diretamente de Paris, e Paris as recebe diretamente do inferno”. Richard Baxter comentou: “As mulheres devem servir a Cristo usando roupas que expressem humildade, renúncia, castidade e sobriedade; nunca usá-las como armadilha para os homens”.
Portanto, o mundo e os deuses da moda não devem ser o padrão para a maneira de vestir do crente. Mulheres e homens precisam entender claramente que roupas constituem uma verdadeira linguagem do corpo, quer reconheçamos, quer não. À luz deste fato, os servos e as servas de Deus devem desejar fervorosamente promover a pureza em si mesmos e naqueles que os cercam. A forma como nos vestimos deve ter a intenção de glorificar a Deus e não de por em evidência partes do corpo. Tornar o corpo mais atraente através das vestes é conveniente à sociedade pornográfica e não aos filhos de Deus. Um preceito bíblico em relação ao uso das vestes encontra-se em I Timóteo 2:9 onde diz que uma mulher deve vestir-se em “traje decente”. No grego a palavra é Katastole que significa “pudicamente coberta” ou “cobrir completamente”. Portanto, mini-saias, vestidos e blusas decotadas, roupas justas ou transparentes não se encaixam no significado da palavra Katastole. A mini-saia ficou registrada como a marca da revolução sexual. Mary Quanty, a estilista que desenhou a mini-saia pontuou: “Eu fiz as mini-saias para que um homem possa olhar para você e dizer: aqui está uma mulher que me dá tudo que quero”. O estilista Alisson Lurie diz no seu livro The Language of clothes (A Linguagem da Roupa): “Historicamente a vergonha parece ter exercido pouca influência no desenvolvimento das roupas; pessoas usam vestes que são desenhadas e preparadas a fim de mostrar grande parte do corpo quando estão em movimento”.
Como se observa, não é somente a Bíblia e os pregadores fundamentalistas que pensam que a mulher que descobre suas partes íntimas é despudorada. O propósito da indústria da moda não é cobrir o corpo, mas vesti-lo de modo sensual ou descobri-lo. Muitas irmãs não percebem ou não querem perceber que suas roupas sensuais que estão a mostrar todo o seu corpo quando usadas na igreja do Senhor, lugar de reverência, recato, temor e pureza tira a atenção não só dos visitantes, mas dos seus irmãos em Cristo. Fora da igreja não são a luz do mundo, pois expõem o seu corpo que é templo do Espírito Santo, ao vitupério e ao escárnio. Contestar o padrão bíblico no vestir é trazer glória a Satanás. O diabo tem um estilo de roupa feminina concedida para promover sensualidade, fornicação e toda classe de práticas libidinosas. Ademais, a nudez acompanha a possessão demoníaca: “E, quando desceu para a terra, veio da cidade ao seu encontro um homem possesso de demônios que, desde muito tempo, não se vestia. Acharam o homem de quem saíram os demônios, vestido, e em seu perfeito juízo”
(Lc 8:27 e 35). Quando controlado pelos demônios, o homem andava nu; quando ficou em seu perfeito juízo, por meio do poder e da graça de Jesus Cristo, o homem cobriu-se. Se o mundo nos oferece uma moda que se conforma com o padrão bíblico de Katastole, então podemos acatar este estilo de roupa, caso contrário, devemos rejeitar. Homens e mulheres de Deus não devem se vestir para anunciar sua sensualidade, por isso rejeite veste que mostre partes dos seios, pernas e barriga, pois é pecado e os que tais coisas praticam não herdarão o reino de Deus.