Que tal a parte superior do corpo: o peito, o busto, os ombros, [as costas,
e a barriguinha]? Qual é a posição da Bíblia quanto a estilos decotados,
vestidos de verão, etc.? Não há dúvida alguma de que a parte central do corpo
deve ser coberto. Em Gênesis 2 encontramos Adão e Eva, esposo e esposa, em um
estado de inocência. Não conheciam o pecado, não tinham uma natureza
pecaminosa, nem desejos maus. Quando pecaram e perderam sua inocência,
imediatamente perceberam a necessidade de usarem roupa. “Então foram
abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; e coseram folhas de
figueira, e fizeram para si aventais.” (Gênesis 3:7). Mesmo que
em estado pecaminoso, se deram conta da necessidade de cobrir-se. Então, com
sua lógica humana, decidiram fazer roupas com folhas de figueira. Quando Deus
interviu, os cobriu com “longas-túnicas de peles” (Gênesis 3:21). Eu me
dou conta que isto mostra a diferença entre a justiça feita por homens e o
derramamento do sangue inocente por nossos pecados, mas não estou assinalando a
diferença entre as folhas da figueira e as longa-túnicas de peles. O que eu
quero é que você note a diferença entre aventais e longa-túnicas.
Você já se pôs a pensar quanto cobre um avental? Não muito! A palavra, em
hebraico, significa uma cobertura para os lombos, talvez como a tanga das
culturas pagãs. (Provavelmente, cobria mais do que a roupa que as pessoas [de
hoje] usam na praia). Adão e Eva, no pior momento espiritual deles, sentiram a
necessidade de cobrir-se. Mas o que eles creram que era suficiente, não o era
para satisfazer um Deus Santo: o Deus Santíssimo fez para eles longa-túnicas de
peles. Quanto cobre uma longa-túnica? Consideravelmente mais do que um avental,
sem dúvida alguma! Provavelmente cobria o corpo tanto quanto um manto. Cobria
todo o tronco e tudo das coxas.
Note que Adão e Eva estavam sós naquele lindo e enorme jardim-horto. Não havia
ali outros homens que cobiçassem a Eva se ela fosse ao comércio. A única Pessoa
que vinha visitá-los era Deus. Mas [depois da queda], para que pudessem ter
comunhão pessoal com Deus, este quis que eles estivessem suficientemente
vestidos (com roupas decentes). Isto significa, então, que Deus considera a
roupa decente importante em nosso caminhar com Ele? Eu penso que sim.
Temos um Deus Santo que não pode ter comunhão com o pecado. Ele pagou o supremo
preço e deu Seu Filho para morrer em nosso lugar para que nossos pecados fossem
perdoados e pudéssemos ter comunhão com Ele. Toda a razão da santificação
[separação do mundo e do pecado, para Deus] em cada área de nossa vida não é
que possamos nos gloriar em quão bons somos, nem em quanto [mal] não fazemos. O
propósito é limpar nossas vidas de tudo que é ofensivo ao Deus Santo, para
assim podermos ter comunhão consigo e gozarmos em caminhar e falar consigo.
Como, uma vez, Adão e Eva o fizeram no jardim do Éden.
“Por isso saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; E não toqueis
nada imundo, e eu vos receberei; E eu serei para vós Pai, e vós sereis para mim
filhos e filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso” (II Coríntios 6:17,18).
Deus nos manda “saí do meio deles” (em vez de "saí do mundo"), porque
é necessário que nos separemos do mundo para que possamos nos aproximar de
Deus.
Mas não tem sentido você separar-se do pecado [usando roupas como as das
freiras romanistas, cegamente perdidas sob seu peso] se você não tiver uma doce
comunhão com Deus e caminhar com Ele. A separação do mundo sem comunhão com
Deus assemelha-se: aos israelitas no castigo do deserto, onde não podiam ter a
comida do Egito [tipo do mundo], mas também não tinham o leite e o mel de
Canaã; a diariamente recebermos alimento, roupa e moradia, mas não o calor e o
afeto de uma família que nos ame e receba nosso amor. Em outras palavras, é
LOUCURA. A resposta não é abandonarmos as normas de santificação, mas sim
cultivarmos nosso doce caminhar com Deus [além da nossa separação do mundo].
Esta é a razão pela qual algumas pessoas se revoltam contra as normas bíblicas
e voltam ao mundo. Consideraram as normas bíblicas como uma carga
desnecessária, em lugar de vê-las como um caminho para apartar-se mais do pecado
e chegar-se mais a Deus. Temos que cuidar para que a vida cristã não seja
tomada como [mero] “Não farás”; temos que nos dar conta de que o propósito de
Deus ao querer que deixemos para trás o errado e as coisas de pouco valor, é
para que Ele nos possa dar algo muito mais maravilhoso e satisfatório a nosso
espírito. Não fique presa ao deserto; mas siga separando-se do mundo e se
achegando a Deus.