"Quando começamos a fazer o levantamento, o Brasil estava em terceiro lugar na comparação com outros países no número de óbitos. A ordem era Itália, Argentina e Brasil. Hoje, dez anos depois, o Brasil conquistou o primeiro lugar. É uma conquista trágica, perversa", afirmou o professor.
Além do crescimento do número de mortos em conflitos esportivos nos últimos anos, a pesquisa também verificou mudanças na forma dessa violência. Se antes as mortes ocorriam por quedas ou brigas, hoje elas ocorrem geralmente por armas de fogo. "Chegar aos estádios, cada um chega mais ou menos numa hora, mas sair, sai todo mundo junto. Ali é que mora o perigo. O índice de homicídios é muito grande, e o futebol tem colaborado de forma assustadora com esse índice. Muitas pessoas são assassinadas entre brigas de torcidas.Ate mesmo jogadores são assassinados por pessoas do time contrario ou do mesmo time por algum vacilo durante o jogo.
O jogador Andres Escobar, foi assassinado após a Copa do Mundo de 1994. Escobar havia marcado um gol contra na partida que desclassificou sua seleção. Poucos dias após a eliminação, em Medelim, o jogador acabou recebendo um tiro. As investigações dão conta que Escobar foi assassinado a mando da máfia de apostadores da Colômbia.